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Mais de 6 mil filhotes de quelônios são soltos, no Amazonas

No Amazonas, atualmente, existem cerca de 138 áreas de reprodução de quelônios, em 10 calhas de rio, que recebem algum trabalho de proteção (Foto: Alex Pazuello/Agecom)Mais de 6 mil filhotes de quelônios foram soltos na comunidade de Nossa Senhora do Livramento, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, situada nos municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã, no Amazonas. A ação aconteceu no domingo (24).

Em quinze anos de projeto, cerca de 120 mil filhotes das espécies tartaruga-da–Amazônia (Podocnemis expansa), tracajá (P.unifilis), iaçá (P. sextuberculata) e irapuca ou capirã (P. erythocephala) foram soltos. A meta para 2013 é soltar 24.444 filhotes somente na RDS do Uatumã, como esclarece o coordenador do Centro de Preservação e Pesquisa de Quelônios Aquáticos (CPPQA), Paulo Henrique Oliveira. “Percebemos um aumento nítido de algumas espécies de quelônios. Após 15 anos de projeto, o que pretendemos fazer a partir de agora é um trabalho de marcação dos animais, além de melhorar a questão de educação ambiental nas escolas e comunidades’, disse.

Tradicionalmente, o evento de soltura ocorre como forma de finalizar o monitoramento sazonal de quelônios. Durante o dia, são realizadas atividades educativas e esportivas para envolver e sensibilizar os comunitários na temática de conservação de quelônios. Fazem parte do evento todas as comunidades que monitoram as praias e outras que queiram participar das atividades lúdicas, envolvendo cerca de 400 pessoas. Na RDS do Uatumã o trabalho é realizado nos complexos de lagos do Calabar, Maracarana e Jaraoacá, no Rio Uatumã, envolvendo as comunidades Bela Vista, Maracarana e Nossa Sra. do Livramento, além de outras praias nas comunidades Caioé Grande e Jacarequara.

Segundo a coordenadora do Ceuc, Therezinha Fraxe, o monitoramento e proteção das praias é acompanhado de perto pelos técnicos do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso dos Recursos Naturais (ProBUC) na RDS do Uatumã. “O trabalho visa a participação efetiva das comunidades em todas as fases do processo, desde a identificação dos ninhos, coleta dos filhotes após o nascimento, crescimento no berçário até a soltura, finalizando com um dia de educação ambiental e entretenimento para os moradores”, detalhou Fraxe.

Em quinze anos de projeto, cerca de 120 mil filhotes das espécies tartaruga-da–Amazônia (Podocnemis expansa), tracajá (P.unifilis), iaçá (P. sextuberculata) e irapuca ou capirã (P. erythocephala) foram soltos (Foto: Alex Pazuello/Agecom)Há 10 anos, o agricultor Adalberto de Almeida, 55, é um dos moradores da comunidade de Nossa Senhora do Livramento que dedica a vida à questão ambiental. “Aprendemos a amar e a conviver com estes bichos (quelônios). É importante ter paciência e passar aquilo que aprendemos às outras pessoas”, disse.

Áreas de reprodução
O coordenador do ProBUC, Pedro Leitão, explica que no Amazonas, atualmente, existem cerca de 138 áreas de reprodução de quelônios, em 10 calhas de rio, que recebem algum trabalho de proteção, principalmente de ninhos e filhotes.

“A maioria dessas áreas é protegida pelo trabalho de comunidades locais interessadas na manutenção deste recurso natural. Nessas localidades as ações de educação ambiental estão incorporadas nas atividades das escolas dos municípios das áreas de atuação, com ações de interdisciplinaridade e transversalidade integrantes dos programas de ensino fundamental e médio na região”, afirmou.

As ações envolvem ainda a busca pela inclusão social, por meio do trabalho com professores e alunos com necessidades especiais, e a organização e apoio aos grupos de idosos em cada município.

http://g1.globo.com

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