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Mais da metade das nascentes na região de Rio Preto-SP secou, segundo estudo

29 nascentes secam no estado de Sao PauloA estiagem está mostrando um de seus lados mais trágicos: nascentes de vários rios importantes da região noroeste paulista desapareceram e várias outras estão secando. Pesquisadores da Unesp da região de São José do Rio Preto (SP) visitaram mais de 50 nascentes e córregos e alertaram para a importância da preservação.

Segundo eles, onde a água nascia em abundância, agora nem sinal dela. Em 2003, os pesquisadores recolheram amostras de dezenas de córregos e nascentes do interior de São Paulo. Agora, eles voltaram a esses locais e constaram que a situação piorou muito. “Em uma década de diferença, conseguimos quantificar que 81% desses riachos anteriormente mostrados, perderam qualidade aquática de maneira geral e perderam volume de água”, explica a pesquisadora Lilian Casatti.

Das 54 nascentes documentadas na pesquisa, 34 têm menos da metade de água que tinham há dez anos. O estudo também aponta que 29 fontes de água estão secas. É o caso da nascente do rio São José dos Dourados, um dos mais importantes rios da região noroeste de São Paulo. Até pouco tempo atrás, a área toda era coberta de água, mas a nascente simplesmente desapareceu e deu lugar a um caminho tomado pelo lixo.

Na nascente do rio Preto, quase não dá para ver a água atualmente. No lugar cresceu uma vegetação típica de terrenos assoreados. “Nesses dez anos, a gente teve um grande assoreamento, que é a descida de terra das partes mais altas para as mais baixas, provocando a redução do volume de água nas minas”, explica a pesquisadora Jaqueline Zeni.

Segundo os especialistas, o que faltou na maior parte das minas que secaram são as chamadas matas ciliares. A pesquisadora explica que elas funcionam como os cílios, que protegem os olhos da poeira. No caso dos córregos, elas impedem que terra, areia e outros sedimentos acabem bloqueando a saída da água nas nascentes.

“Manter a vegetação do lado desses riachos, reflorestar esses riachos é o primeiro passo para a gente tentar inverter essa situação, que é preocupante. A gente tem que começar a plantar árvores do lado desses riachos para poder colher água senão vamos enfrentar mais situações extremas como já estamos vendo”, finaliza Jaqueline.

Portal G1 – TV-TEM

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