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Praticantes da pesca esportiva se divertem a noite na orla de Florianópolis-SC

Pesca Noturna em FlorianopolisManezinho da praia do Matadouro, no Estreito, o construtor autônomo Rômulo Schweitzer, 53, come peixe, no máximo, uma vez por mês. Ele gosta mesmo é de pescar, à noite, preferencialmente diante da velha ponte Hercílio Luz iluminada. “É quando a cidade dorme e fica mais bonita”, diz, enquanto escolhe a isca para tentar o que ele sabe ser improvável: fisgar uma pescada amarela no verão da Ilha. “Ela prefere camarão vivo, deste tamanho. É mais fácil no inverno, mas não custa tentar, pode ser que passe uma perdida por aqui”, diz.

Na pedra do Balão, a laje comprida localizada defronte à curva da avenida Beira Mar Norte, a 300 metros do GBS (Grupamento de Buscas e Salvamentos) do Corpo de Bombeiros, ele pegou tanto peixe que foi apelidado de “Borriquete” pelos colegas de trabalho. “Foram 150 kg em três dias, quase tudo distribuído para amigos e parentes”, sorri.

A pedra do Balão, segundo Rômulo Schweitzer, forma tocas com até quatro metros de profundidade em suas laterais e alcança 14 metros na borda do canal da baía norte. É ideal para borriquetes, badejos e miraguaias. Outros três pontos frequentados pelos pescadores amadores, com tarrafas ou varas, são as passarelas das pontes, a plataforma flutuante dos clubes de remo [Aldo Luz, Martinelli e Riachuelo] e o aterro à esquerda da cabeceira insular da Pedro Ivo. Ali são fisgados bagres, pescadas, corvinas, robalos e caranhas.

Falta estímulo e estrutura
Pesca Noturna em Florianopolis 2Praticada em toda a orla da Ilha e na Lagoa da Conceição, a pesca amadora desportiva não faz parte das atividades oficiais de turismo. A falta de apoio da prefeitura e do governo do Estado para que a modalidade se transforme em mais um nicho para atrair visitantes é criticada por Rômulo Schweitzer, que sente falta de locais melhor estruturados e seguros.

“Se tivéssemos um trapiche com píer, a cidade ganharia e famílias inteiras poderiam praticar. As crianças aprenderiam desde ceda o lidar a pesca não predatória, a preservar as espécies ameaçadas de extinção”, ressalta Schweitzer, que usa como exemplo o mero, espécie que habita tocas no entorno dos pilares das pontes Pedro Ivo, Colombo Salles e Hercílio Luz.

As histórias sobre meros fisgados na região central, aliás, se repetem entre os pescadores noturnos, entre as quais se destaca o peixe de meia tonelada que se enroscou em uma das redes de fundeio esticadas perto do canal e arrastou até a orla de Coqueiros. Pescaria que teria dado origem à laje do Mero.

Paciência é aliada de quem joga a linha
A isca, o tamanho do anzol, o momento e o lugar certos são fundamentais para o sucesso da pescaria com vara, mas não bastam. Nada seria igual sem o ritual da espera, a paciência do pescador, até o desafio de vencer o peixe no cansaço e puxa-lo para cima. O a resignação de ver a linha arrebentada e começar tudo de novo.

“É preciso saber esperar”, ensina Schweitzer, que carrega o kit da pescaria na carroceria da caminhonete. Além de varas de tamanhos e pesos variados equipadas com molinetes e carretilhas, cada uma para um tipo de peixe, ele traz tarrafa para capturar iscas vivas (camarão e manjubas) mantidas com ajuda de oxigenador portátil, caixa de isopor com gelo e garrafa térmica com café.

Pesca Noturna em Florianopolis 3Café que costuma dividir com os amigos que encontra na pescaria, alguns recentes, como o vidraceiro Aldo Silva, 39. O número excessivo de redes esticadas nas baías, a menos de 200 metros da costa, segundo eles, é um obstáculo à pesca desportiva com linha, modalidade não predatória.

“Eles [pescadores artesanais embarcados] se acham os donos do mar, pensam que só eles têm direito”, emenda Silva, que critica a atuação da Polícia Militar Ambiental. “Cortam nossas linhas quando estamos na passarela da ponte, mas nada fazem contra as redes junto à costa”, diz.

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