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Pesca manejada beneficia 108 famílias no Amazonas

https://i0.wp.com/www.portalamazonia.com.br/editoria/files/2013/03/pesca-manejada_405.jpg?resize=240%2C160Levantamento aponta qu,e somente em 2012, a pesca manejada beneficiou 108 famílias ribeirinhas, distribuídos em três polos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, no interior do Amazonas. Os dados sãodo Departamento de Manejo e Geração de Renda, do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc/SDS). Neste mês de março, a atividade inicia na Reserva do Uatumã. A expectativa é dobrar os resultados do ano passado.

A produção total de matrinxã, em 2012, foi de 23 toneladas, comercializada a um preço médio de R$ 3,20/kg, já a produção do jaraqui foi de 23,4 toneladas, comercializado a um preço médio de R$ 1,50/kg. A comercialização das duas espécies gerou um faturamento bruto de R$ 109 mil, e cada pescador da Reserva obteve uma renda média de R$ 950,00 na safra.

Regras estabelecidas

No ano de 2008, a SDS, a partir de um acordo de pesca, definiu regras para o uso dos recursos pesqueiros na RDS Uatumã, bem como o ordenamento da pesca manejada naquela região. Entre as principais regras, destacam-se: autorização de pesca apenas para pescadores moradores das comunidades da RDS Uatumã; entrada de barcos somente para comprar, gelar e transportar o pescado; comercialização do pescado pelos comunitários da forma que for mais rentável, mas respeitando as regras do acordo.

A titular da SDS, Nádia Ferreira, explica a importância do manejo de pesca a partir dos acordos que vêm sendo instituídos pelo Estado. “A sustentabilidade da atividade está baseada no manejo dos recursos pesqueiros, que consiste na interação entre o homem, os recursos pesqueiros e seus habitats, visando permitir a exploração racional desse recurso. Para que o manejo seja eficiente, uma das necessidades é o ordenamento pesqueiro, que é um conjunto de regras que normatizam o uso do pescado”, explica.

Para a coordenadora do Ceuc, Therezinha Fraxe, o ordenamento da atividade beneficia toda a cadeia produtiva. “Nesta pesca ordenada todos temos a ganhar, desde o ribeirinho que captura o peixe agregando valor ao produto, até o consumidor, que adquire por um preço mais acessível um produto de qualidade. Dessa forma, cria-se um arranjo produtivo sustentável da pesca”, ressalta.

Período de pesca

Respeitando o período de defeso das espécies, a pesca do peixe gordo ocorre no período de 1º de março a 30 de junho de cada ano, no período da cheia, quando os cardumes de peixes descem o rio Uatumã e os pescadores se organizam para realizar a pesca nos lanços construídos ao longo do rio Uatumã.

“O Ceuc em parceria com as entidades sociais locais vem trabalhando para implementar o ordenamento da pesca na RDS Uatumã e, assim, criar mais oportunidade de geração de renda para os moradores da reserva”, explicou João Bosco, chefe do departamento de manejo e geração de renda do Ceuc.

RDS do Uatumã

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, criada em 2004, está localizada no município de Itapiranga (a 356 km de Manaus), e detém uma área de 424.430,00 hectares.

Na reserva residem 20 comunidades, que reúnem 364 famílias, que tem como fonte de renda atividades de pesca, manejo florestal madeireiro e não madeireiro, agricultura e pecuária potencial, e, ainda, com potencial para investimentos em produção de óleos vegetais, turismo e piscicultura.

http://g1.globo.com

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