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Capacitação para condutores-guias de pesca amadora esportiva

Capacitacao para condutores-guias de pesca amadora esportivaO Projeto Pesca Esportiva Responsável (PER) é uma campanha de capacitação de profissionais e divulgação de informação sobre sete eixos que, juntos, apontam para o que seria uma pesca esportiva praticada com responsabilidade. O projeto visa difundir práticas simples a serem inseridas na rotina dos guias de pesca esportiva (condutores de turismo de pesca) para agregar valor à atividade, desenvolvendo-a e gerando mais renda às comunidades e comércios locais.

O PER também busca oferecer mais informações organizadas para próprio o setor e, consequentemente, obter mais fundamentos para a defesa de interesse desses profissionais e dos territórios costeiros onde atuam.

De acordo com Fabrício Gandini, diretor do Instituto Maramar, “esses elementos devem ser trabalhados com os usuários dos recursos pesqueiros, pessoas que vivem dos ecossistemas – nunca imposto ou proposto de maneira independente ou isolada”.

O objetivo do Maramar, portanto, é incentivar o processo de governança, oferecendo oportunidade de união dos envolvidos em prol do uso compartilhado de bens comuns de forma responsável e construir um trabalho de base, com a participação dos usuários das águas nas tomadas de decisões.

Os sete eixos do projeto
De acordo com o Instituto, os principais eixos do projeto foram pensados para que o setor comece a se organizar e investir esforço na otimização de suas atividades. São eles: Formação de Guias, Áreas de Reserva, Pesque e Solte, Técnicas de Manuseio, Comunicação, Controle e Monitoramento e Geração de Renda.

Todos os pontos serão trabalhados nas oficinas de capacitação dos guias de pesca, que vão ocorrer no dia 30 de setembro e 07 de outubro, em Bertioga (SP). Os assuntos também estão no material de divulgação como folhetos e banners, que já estão sendo distribuídos nas marinas, além de numa cartilha a prova d’água a ser consultada e mostrada aos turistas durante as saídas.

O diretor do Maramar comenta que essas oficinas são pontos centrais do projeto: “Serão eventos em que iremos aprofundar temas já conhecidos pelos profissionais e também trazer novos elementos, principalmente da dimensão ambiental, como controle e monitoramento e técnicas de manejo”.

O Instituto Maramar trabalha com procedimentos e treinamentos para que os próprios profissionais saibam organizar suas informações para autocontrole. “O Maramar indicará formas simples dos condutores de pesca e pescadores amadores colherem algumas informações para que nós possamos organizá-las e divulgar os resultados de forma periódica”, explica o diretor do Instituto.

O nascimento do projeto Pesca Esportiva Responsável
Gandini conta que, em 2006, o Instituto Maramar iniciou um trabalho no Canal de Bertioga e se aproximou de um dos maiores defensores da prática do “pesca e solte”, o pescador esportivo Edson Ossamu, falecido em 2011. Naquela convivência, Fabrício e Ossamu compartilhavam ideias sobre melhores práticas da pesca esportiva, além de notarem a necessidade de divulgação do assunto, coleta e organização de dados da atividade.

A partir dessa necessidade, há cerca de dois anos e meio, o Instituto elaborou o projeto como proposta de programa ambiental para uma empresa do Porto de Santos e foi protocolado na Cetesb, agência ambiental de São Paulo. “A VLI (Valor de Logística Integrada), empresa que hoje apoia o projeto, achou a proposta interessante e nos procurou para executá-la”, conta o diretor. A VLI passou a ser, a partir de então, a apoiadora pioneira dessa iniciativa.

“Normalmente, os recursos de programas ambientais de empreendimentos portuários ficam no próprio Porto, onde a pesca infelizmente está cada vez mais inviável. Com esse projeto, conseguimos mobilizar recursos para áreas de não-porto onde ainda não há grandes impactos – e nosso trabalho é para que esses territórios pesqueiros recebam somente atividades que dependem da conservação da natureza o que chamamos de Economia da Conservação. Dessa forma, a atividade se sustentará por décadas e décadas se bem manejada”, aponta Gandini.

Além da VLI, o Projeto Pesca Esportiva Responsável conta com a parceria institucional do Conselho Municipal de Desenvolvimento da Pesca (CMDPESCA) e da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (ANEPE).

Serviço:

A Oficina de Capacitação vai acontecer em duas quartas-feiras, com carga horária de 6 horas. Só serão emitidos os certificados para quem estiver presente nos dois dias.

Instituto Maramar

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