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Índigena é baleado ao tentar impedir entrada de barco de pesca no Rio Uneiuxi em Santa Isabel do Rio Negro (AM)

Durante confronto entre indígenas que tentavam impedir a entrada de um barco de pesca esportiva em área restrita, um índio da etnia baré foi baleado e preso nesta sexta-feira (16) em Santa Isabel do Rio Negro (AM).

Contrariando recomendação do Ministério Público Federal, um barco de turismo de pesca esportiva da empresa Amazon Sport Fishing, entrou com pescadores no rio Uneiuxi, dentro da Terra Indígena Jurubaxi-Téa, habitada por dez etnias, o que gerou o confronto.

Segundo a Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) ao Ministério Público Federal, índios abordaram o barco e questionaram a sua presença no local, porém, durante a discussão, policiais que acompanhavam a embarcação dispararam contra os índios, da etnia baré, quando um deles, Arlindo Nogueira, foi atingido no braço e preso.

Já na versão do gerente operacional da Amazon Sport Fishing, Daniel Napoli relatada ao jornal Folha de São Paulo, os índios cortaram a corda e levaram um dos barcos de pesca atados ao barco-hotel. A empresa teria então acionado a polícia, que foi até a aldeia. No local, a equipe de policiais civis e PMs teria sido recebida a pedradas, momento em que na confusão, o indígena teria sido baleado.

A pedido do MPF, a Justiça Federal determinou aos governos estadual e federal o deslocamento de policiais para assegurar a ordem e acompanhar as investigações. Além disso, proibiu a empresa Amazon Sport de entrar na terra indígena.

Segundo o gerente da embarcação, a empresa possui autorização da Prefeitura de Santa Isabel para pescar na área e que paga o equivalente a R$ 250,00 por pescador. Ele ainda disse que o processo de demarcação de terra ainda está inconcluso e acusou ONGs de manipularem os índios e de se beneficiar de acordos de pesca com outras empresas privadas de pesca esportiva.

Determinação judicial
A justiça acatou o pedido do MPF e deferiu o envio de forças de segurança do Exército, Polícia Federal e Polícia Militar no prazo de 24 horas. Em pedido, o Ministério Público pediu, ainda, que os policiais envolvidos no caso e representantes da empresa Amazon Sport Fishing se abstenham de entrar na referida terra indígena e também na área de proteção ambiental Tapuruquara, até que os fatos sejam esclarecidos.

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