Pescadores denunciam abuso de pousadas na Represa de Três Marias (MG) – Portal Pesca Amadora Esportiva Pescadores denunciam abuso de pousadas na Represa de Três Marias (MG) | Pescadores denunciam abuso de pousadas na Represa de Três Marias (MG) – Portal Pesca Amadora Esportiva

Pescadores denunciam abuso de pousadas na Represa de Três Marias (MG)

Empreendimentos que dependem do turismo de pesca, na prática, andam na contramão e apoiam a depredação e o abate indiscriminado de peixes de todos os tamanhos, sem levar em consideração se são matrizes ou pequenos exemplares ainda em fase de crescimento. Isso ocorre com frequência em uma das regiões mais procuradas pelo turismo de pesca em Minas Gerais.

A represa de Três Marias, é uma região cobiçada por muitos pescadores que buscam fisgar um grande troféu, exemplo disso são os inúmeros torneios que são organizados todos os anos em busca dos grandes “azulões” do estado. O problema é que essa paixão pela pesca esportiva, contrasta com a pesca predatória que depreda o lago, praticamente exterminando os grandes exemplares.

As pousadas no entorno da represa, dependem do turismo de pesca para a sua manutenção e geração de empregos, porém, esses mesmos empreendimentos que deveriam ser os primeiros a se preocuparem com a preservação das espécies, para que o negócio se mantenha, são os que apoiam a pesca indiscriminada e esgotam os estoques pesqueiros na região. A lei estadual permite ao pescador amador 10 kg de pescado + 1 exemplar de qualquer tamanho, mas a cota não é respeitada pela maioria das pessoas que pescam na região.

Recentemente em uma dessas pousadas, diversos exemplares de tucunaré azul foram abatidos e as imagens compartilhadas nas redes sociais levantaram mais uma vez a questão sobre a necessidade de se estabelecer a cota zero para abate e transporte no estado. Municípios no estado do Amazonas e Goiás que dependem do turismo de pesca, perceberam que se não fossem tomadas providências imediatas e extremas quanto a preservação, o turismo acabaria em pouco tempo, sendo assim, optaram por aprovar a lei da cota zero, recuperando os estoques e preservando as espécies que mais atraem turistas, liberando a pesca esportiva na modalidade pesque e solte.

O tucunaré azul não é um peixe protegido pelo defeso e a sua captura não é proibida, mas a espécie é um dos principais responsáveis pelo turismo. Com a diminuição de grandes exemplares, o volume de turistas tende a diminuir a cada ano, fazendo o pescador buscar outras alternativas para a pesca.

Minas Gerais tem um potencial enorme para o turismo de pesca em diversas regiões do estado, porém se uma medida mais rígida na preservação não for tomada, a tendência é que o turismo de pesca diminua a ponto de não ser mais uma opção para os que buscam locais ideais para essa prática.

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