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Pesca de Norte a Sul: destinos para levar a família na beira dos rios

kalua_dez2012_04-1O brasileiro é um pescador nato. Além de o Brasil ter a maior diversidade de paisagens de pesca do mundo, o brasileiro tem a pesca enraizada em sua cultura. “Quase todo mundo, principalmente o público masculino, já pescou uma vez na vida, seja com o pai, o avô ou com o tio, em rio ou sítio”, comenta Wandson Dias – supervisor de produtos e do setor de Pesca da Nascimento Turismo.

Segundo o supervisor, são quase 10 milhões de praticantes da pesca esportiva no país, em todas as classes sociais. No Brasil, se pode pescar de Norte a Sul, mas a maior concentração de pontos está no norte e nordeste do país, embora o maior número de pescadores viva no Sudeste. “Dentro desse universo, tem aqueles que transformam a pesca em um hobby, que a inserem na sua rotina de lazer e viajam para destinos específicos uma a duas vezes por ano”, revela.

Dias afirma que a grande maioria, cerca de 80%, gosta de se embrenhar pelo interior do país e pescar nos rios e lagos. O Pantanal, o Amazonas e o Araguaia são os destinos mais almejados para os ‘amantes’ da modalidade, que costuma aproximar pais e filhos.
“É muito comum duas ou três gerações de homens da família viajarem juntos para pescar. É quase um ritual o filho aprender com o pai. A pesca é um momento de interação, de cumplicidade entre eles e em que dividem a mesma paixão”, comenta.

“A biodiversidade, a extensão da costa, a pluralidade do nosso relevo permite essa paixão. Por isso, chamamos o brasileiro do pescador mais versátil do mundo”, acrescenta Dias, que fala sobre os três mais tradicionais destino de pesca em água doce no Brasil.

foto-do-pescador-197Destino clássico na busca do Dourado
No Centro do Brasil, o mais clássico destino de pesca no país – o Pantanal, é perfeito para o período entre abril e setembro, quando suas planícies não estão mais alagadas com as águas das cheias. “Todo pescador já esteve ou ainda sonha em ir ao Pantanal”, define o supervisor. Nesse período, pescadores de todas às regiões desbravam os rios pantaneiros em busca do Dourado. “É um destino que ficou mais massificado, mas ainda é muito atraente e clássico da pesca”, afirma.

Um dos ecossistemas mais ricos do planeta e o maior bioma, tem grande diversidade de peixes, fácil de pescar e com paisagens de encher os olhos – um paraíso natural intocado. Jacarés, antas e capivaras podem ser avistados pelos turistas. “As pousadas oferecem passeios para desfrutar dessa beleza cênica que o Pantanal oferece. É o lugar que mais permite avistar animais, mais até que a Amazônia e a Savana Africana e que também se pode relaxar junto à natureza”, explica.

Segundo Dias, é um destino que exige no mínimo quatro dias e a temporada de pesca ocorre entre setembro e abril. “É um lugar onde se tem uma grande possibilidade de pegar um troféu bacana”, diz.
Para o supervisor, o Pantanal é ideal para pessoas de todas as idades, dos pescadores de primeira viagem aos que já estão acostumados a exercitar a paciência em busca do peixe.

Os pescadores ficam em pousadas ou barco-hotel e vão até as lagoas e pontos de pesca em barcos pequenos – com capacidade para duas a três pessoas. Além do piloteiro, que Dias prefere chamar de guias de pesca, já que eles conhecem com propriedade o assunto.

Dias comenta que alguns barcos-hotéis oferecem conforto quase equivalente às cabines de navios e refeições diversificadas. No final da tarde, ao retornarem da pescaria, os turistas se reúnem para beber, trocar experiências e contar os tradicionais ‘causos’. “Um momento de integração, em que têm contato até com os nativos”, diz.

foto-do-pescador-208Peixes de até 100 kg exigem técnica
O Araguaia é um dos rios mais importantes do Brasil, o único gigante que corre verticalmente – de Sul a Norte – e está inserido em uma região de transição da vegetação do cerrado para a Amazônia. É destinado a pescadores mais experientes e que estão em busca de um contato mais direto com a natureza. “As instalações são mais simples e rústicas e a pesca exige técnica e força física, já que há peixes de até 80 quilos”, comenta.

O rio faz a divisa natural entre os Estados de Mato Grosso e Goiás, Mato Grosso e Tocantins e entre Pará e Tocantins. Com mais de dois mil quilômetros de extensão é considerado um dos rios mais ricos em peixes do mundo. Jaú, Pirarara e Piraíba são as espécies que mais despertam o interesse dos pescadores. “Um rio com uma pesca diferenciada”, ressalta.

Segundo o supervisor, para se chegar até o Araguaia, o turista desce nos aeroportos de Goiânia ou Brasília e depois viaja por cerca de três a seis horas a depender do ponto que se deseja atingir.
“Os pontos de pesca nunca estão a menos de duas horas de uma cidade. As pousadas ficam isoladas – no meio do nada, a pessoa fica desligada da civilização e em contato total com a natureza”, define.

kalua_dez2012_05Barcelos e os Tucunarés da Amazônia
Os tucunarés gigantes da Amazônia vão muito além das lendas da maior floresta do mundo. Os peixes que chegam a pesar 12 quilos são encontrados em Barcelos. Os exemplares se concentram na região do Rio Negro.

“Quando se fala de pesca em água doce logo se pensa na Amazônia. Maior bioma e floresta do mundo, é considerada a ‘Ferrari’ da pescaria”, diz Wandson.

A região possui o maior arquipélago do mundo, denominado Mariuá com cerca de 700 ilhas. Se encontra os peixes ornamentais e os tucunarés, que lhe rendeu a fama internacional de pesca dessa espécie.

Os pescadores ficam instalados na cidade de Barcelos, de onde partem as embarcações que levam aos pontos de pesca, ideal de setembro a abril.

A pesca vem crescendo muito na cidade nos últimos anos e como não se tem ainda muitas pousadas, Dias comenta que a melhor forma de hospedagem para os pescadores são os barcos-hotéis, que abrigam de 16 a 24 pessoas.

“O tucunaré não é um peixe que fica em rios largos, nem de correnteza. Costuma se concentrar em águas mais brandas, como as pequenas lagoas. Ficar no barco hotel permite fácil deslocamento, chegando bem perto dessas lagoas onde eles estão”, explica o supervisor.

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