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Empresas de turismo de pesca protestam contra proposta da “cota zero” para os rios de MS

Representantes das empresas e prestadores de serviço que trabalham direta ou indiretamente com a exploração da pesca amadora em Mato Grosso do Sul protestaram na manhã desta quarta-feira (30), em frente a governadoria, em Campo Grande, contra a proposta do governo do estado, de a partir de fevereiro proibir a retirada e o transporte de peixes dos rios do estado nesta modalidade e na pesca esportiva.

A proposta foi anunciada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) durante um encontro da Associação de Pescadores Esportivos do Pantanal (APEP). Segundo ele, já está sendo elaborado um novo modelo de legislação para o setor.

Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 500 pessoas, entre proprietários de empresas que exploram o turismo de pesca, donos de pousadas, pescadores profissionais – que vendem iscas e pescadores amadores, entre outros, de pelo menos quatro cidades: Corumbá, Miranda, Bonito e Porto Murtinho, protestaram em frente a sede do governo sul-mato-grossense. Com faixas e cartazes eles se posicionam contra a “cota zero”.

Por volta das 9h, os manifestantes foram convidados a se reunir com representantes do governo no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

Depois da reunião, os manifestantes contra o decreto cota zero saíram com a promessa de um novo encontro na próxima segunda-feira (04) com o grupo que ficou de analisar as reivindicações feitas no encontro de hoje. A reunião ocorreu após manifestação em frente à governadoria.

A promessa do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck, é que nada será publicado sem aval dos pescadores e empresários do turismo da pesca.

“Eles explicaram claramente pontos que não havíamos pensando. O governador não está inflexível quanto a essa situação. Antes de publicar o decreto vamos dar publicidade a ele”, assegurou.

Dentre as mudanças que devem surgir na matéria que não está pronta é a questão do tamanho máximo e mínimo do pescado, a fiscalização do estoque que está sendo retirado dos rios e as iscas que são utilizadas.

“São sugestões que serão pensadas. Os próprios pescadores podem ajudar na fiscalização desse processo. Até sexta-feira faremos a minuta com as propostas que foram apresentadas para a reunião de segunda”.

O secretário-adjunto de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo Senna, afirmou em entrevista na segunda-feira (28) que “Para todas as demais modalidades, como a pesca profissional, a científica e a de subsistência, as regras vão permanecer as mesmas. Queremos apenas regulamentar a pesca amadora neste momento e nós estamos discutindo o prazo. A princípio ela vai valer ‘ad infinitum’. Então, daqui para frente nos rios de Mato Grosso do Sul, tanto na bacia do Paraguai, quando no do Paraná, vai valer para a pesca amadora a cota zero”, detalhou.

Senna adiantou ainda que a nova legislação deve prever a possibilidade do pescador amador consumir o peixe que capturar no local onde foi pescado, criando uma espécie de cota-consumo.

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