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Curiosidades sobre nove peixes da Amazônia

A Amazônia é rica em recursos hídricos. Por esse motivo, o consumo de peixes é parte essencial da cultura alimentar e econômica da região. Existem muitas espécies de peixes que servem de sustento para os amazônidas, algumas são exclusivas de cada Estado.

A bacia Amazônica possui uma grande diversidade de corpos d’água (rios, lagos, riachos, córregos, igapós, várzeas alagadas). É nessa bacia que se encontra a maior diversidade de peixes de água doce do mundo, com cerca de 85% das espécies de peixes da América do Sul. Confira nove delas abaixo:

Jaú, o peixe ‘maceta’ do Acre
Maceta. Não existe outra palavra para definir o Jaú. No Acre, existem muitos peixes de água doce, porém, nenhum se destaca como o Jaú. O peixe pode alcançar até 1,5 metro de comprimento. Inclusive, um pescador conseguiu capturar um Jaú de 85 quilos e mais de 1,50 metro, no Rio Môa, em Mâncio Lima.

Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia não é importante comercialmente, a carne é considerada “remosa”, mas é apreciado no Sudeste do Brasil.

Trairão, o peixe voraz do Amapá
Você acha que um peixe pode ser violento? O trairão, por exemplo, é o terceiro peixe mais consumido do Amapá, porém, capturá-lo requer paciência. O peixe é conhecido por seu temperamento agressivo e voraz, além de ser uma espécie carnívora.

Outro fato curioso sobre a espécie é que no Amapá, a Dona Cira, uma cozinheira da comunidade do Calafate, desenvolveu há muitos anos a técnica de tirar as espinhas do Trairão. O peixe se tornou um dos mais apreciado no Estado sendo utilizado em diversas receitas.

Pirarucu, o gigante dos rios
O pirarucu é um peixe muito consumido no Amazonas. Porém, o peixe chegou a ser ameaçado de extinção. Foi então que, em 1999, um projeto do Instituto Mamirauá propôs um conjunto de diretrizes para a conservação da espécie.

Desde que foi implementado, o pirarucu voltou a habitar grande parte das várzeas amazônicas. Os resultados impressionaram, pois só no médio Juruá, de 2011, ano da primeira experiência, até 2021, a população monitorada da espécie cresceu mais de 600%. A pesca do peixe chegou a superar 150 toneladas.

Dourada, o peixe viajante da Amazônia
Você curte viajar? A dourada sim. O peixe é conhecido por ter um ciclo de vida migratório de 11.600 quilômetros, ou seja, um recorde mundial de migração em água doce. Já no Pará, que é conhecido como o segundo Estado que mais consume peixe no Brasil, a dourada é amplamente apreciada pelo seu sabor único.

Os peixes levam de 2 a 3 anos para migrar rio acima, antes de desovar aos três anos de idade. As larvas são carreadas rio abaixo pela forte correnteza alcançando o estuário, que é o hábitat de crescimento, em 2 a 4 semanas.

Tambacu, o peixe híbrido
Você sabia que já existe cruzamento entre espécies? O Tambacu é um peixe híbrido, obtido a partir do cruzamento do Tambaqui com o Pacu e tem os mesmos hábitos do Tambaqui. Por ser um híbrido, o Tambacu não se reproduz e sua engorda é feita somente em cativeiro.

As características gerais como formato de corpo arredondado, porte e cor acinzentada são mais próximas às do Tambaqui (fêmea) que lhe deu origem. Peixe resistente ao inverno, que possui escamas finas e lisas, membrana das guelras pequenas e chega pesar mais de 40 kg.

Cachara, o peixe usurpador
Paulina e Paola? Que nada. Na Amazônia, a moda da vez é a briga entre o cachara e o pintado. O motivo? Muitas pessoas confundem os dois peixes, mas é muito simples diferenciá-los,. O corpo do cachara, por exemplo, possui listras. Ouro fator que pode diferenciar os peixes é o comportamento.

Diferente dos pintados, os cacharas mais jovens costumam ser mais inquietos. Às vezes, apresenta algumas manchas arredondadas ou alongadas no final das faixas. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total.

Tambaqui, o peixe que elevou a piscicultura de Rondônia
O tambaqui é a segunda espécie mais produzida no Brasil. Entre as nativas, é a principal. O Anuário Brasileiro da Piscicultura, publicação editada pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), traz as espécies nativas como um dado agrupado. Os números de 2022 indicam que, das 860 mil toneladas produzidas no País, 267 mil toneladas foram de peixes nativos, sendo a maioria tambaqui.

O tambaqui é criado majoritariamente em fazendas na região Norte do país. O estado de Rondônia é o maior produtor, com 57,2 mil toneladas em 2022, seguido de Maranhão, com 39,1 mil toneladas, Mato Grosso, com 38 mil toneladas, Pará (24 mil ton) e Amazonas (21,3 mil ton).

Matrinxã, um dos queridinhos da pesca esportiva
Pesca esportiva é a pescaria feita como atividade de lazer. Nessa modalidade, o objetivo não é comer ou vender o peixe fisgado, ou seja, o animal é devolvido à água. O peixe matrinxã é muito popular na pesca esportiva já que apresenta um comportamento agressivo e deixa a pescaria ainda mais emocionante.

A matrinxã ataca a sua presa com voracidade e grandes saltos. os rios de água clara, é comum ver cardumes de matrinxã, se alimentando debaixo das árvores, ao longo das margens.

Tucunaré, o embaixador da pesca esportiva na Amazônia
Cerca de 15 espécies de tucunaré são conhecidas na Amazônia. A diversidade de cores e padrões de listras é grande: do vermelho ao esverdeado, do amarelo ao azulado, com faixas e pintas de variados padrões.

Um dos mais conhecidos é o tucunaré-azul de cinco a seis barras transversais de coloração cinza e o açú com cores amarelo/laranja fortes e com três barras transversais de coloração negra, porém o colorido da variação entre outras regiões, pode ser amarelado, esverdeado, avermelhado, azulado, etc. Todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúnculo caudal.

Por: Portal Amazônia

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