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Orcas afundam barco no Estreito de Gibraltar na costa da Espanha

Embarcação atacada sendo rebocada

Um trio de orcas afundou um iate, quando a embarcação passava pelo Estreito de Gibraltar, na costa da Espanha. A guarda costeira do país resgatou a tripulação e rebocou o barco, que afundou na entrada do porto. As informações são do site alemão “Yacht”.

Segundo o capitão Werner Schaufelberger que testemunhou a cena, haviam uma orca maior e duas orcas menores que “imitaram os gestos da maior”, também batendo contra o barco.

Dois dias antes, uma manada de seis espécimes desse grupo de baleias atacou outro veleiro que navegava pelo Estreito. Um dos tripulantes, Greg Blackburn, também observou como a mãe orca parecia estar ensinando seu filhote a bater contra o leme. “Foi definitivamente uma forma de ensino”, disse Blackburn ao 9news.

De fato, outros meios de comunicação internacionais, como o The New York Post, estão ecoando a situação criada com esses ataques a veleiros no Estreito por aproximadamente três anos. É um desempenho que os especialistas ainda estão tentando explicar.

Ataque a outro veleiro 2 dias antes

Pesquisadores observam esse fenômeno desde 2020 e apesar de não haver como saber com certeza a razão desse comportamento, a melhor hipótese é a de que um evento traumático tenha desencadeado a atitude agressiva contra embarcações. Em novembro de 2022, em um evento parecido, um veleiro foi atacado e afundado por um grupo de cinco orcas.

Comportamento foi motivado por trauma
Em 2022 foi publicado um estudo na revista Marine Mammal Science que relata que os “ataques” das orcas contra os barcos começou em 2020. Um dos autores do estudo, Alfredo López Fernandez, afirmou que em mais de 500 eventos de interação registrados desde 2020, somente três embarcações foram afundadas.

A suspeita é de que uma orca fêmea, chamada de White Gladis, sofreu ao colidir com um barco ou armadilha durante a pesca ilegal e passou a ter uma reação extrema ao ver embarcações.

“Estimamos que as orcas tocam apenas um navio em cada cem que navegam por um local”, disse Fernandez, que também é biólogo da Universidade de Aveiro em Portugal e representante do Grupo de Trabajo Orca Atlántica.

Veleiro atacado em nov/2022

A pesquisa conclui que as investidas desses animais parecem ser direcionadas principalmente para barcos à vela e seguem um padrão, com orcas se aproximando da popa para atingir o leme, e perdendo o interesse pela embarcação assim que conseguem pará-la.

A atitude incomum também pode ser uma forma de brincadeira para elas ou o que os pesquisadores chamam de “moda passageira”, que é quando um comportamento iniciado por um ou dois indivíduos e temporariamente captado por outros antes de ser abandonado.

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