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Prorrogação da proibição da pesca do dourado por mais 5 anos passa em 1ª votação na Alems

Às vésperas do término da piracema, a aprovação do projeto de lei que prevê proibição da pesca do Dourado por mais cinco segue incerta na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). Embora tenha passado em primeira discussão nesta quinta-feira (22), um grupo de deputados quer estudo antes de aprovar o mérito da medida.

O Projeto de Lei 364 de 2023, de autoria do então deputado João César Mattogrosso (PSDB), trata sobre a proibição da captura, do embarque, do transporte, da comercialização, do processamento e da industrialização do Dourado, até 10 de janeiro de 2029.

Votaram contra os deputados Gleice Jane (PT), Lucas de Lima (PDT), Lídio Lopes, Zé Teixeira (PSDB), Neno Razuk (PL) e Renato Câmara (MDB). Jane tentou pedido de vistas do projeto, mas foi negado por votação dos deputados.

“O que os pescadores têm relatado é que o peixe Dourado é predador e que está retirando outros peixes também do rio e isso tem prejudicado a vida de quem trabalha com a pesca”, explicou a petista.

A deputada Mara Caseiro (PSDB) fez coro à colega, “então o que estamos pedindo? Que o Imasul faça levantamento bastante aprofundado do que essa lei trouxe de benefícios para que o próprio pescador entenda a importância dessa lei”.

Já o presidente-executivo do SOS Pantanal, Leonardo Gomes, que acompanhou a discussão, pensa diferente. Embora não tenha mencionado números, garante que a lei aprovada em 2019 surtiu efeito e que o alongamento do prazo de proibição deve aprimorar o resultado nos rios.

“Por princípio de precaução, por motivos de aprofundar pesquisas, garantir a resiliência dessa espécie, que é super importante para o Pantanal e também tem importância econômica muito grande, principalmente na modalidade pesque e solte, a gente precisa manter essa vedação”.

A proposta prorroga por mais cinco anos a vedação, sendo ressalvadas a modalidade “pesque e solte”, o consumo dos pescadores profissionais e os exemplares criados em cativeiro. A coleta de exemplares vivos, de matrizes e reprodutores, no ambiente natural, poderá ser objeto de autorização ambiental expedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), quando destinados à pesquisa científica ou à recuperação de plantel por agricultores de reprodução de alevinos devidamente licenciados e registrados nos órgãos competentes.

Renato Câmara (MDB) propôs, por meio de Emenda Modificativa, que a proibição seja por mais seis meses, até a apresentação dos estudos técnicos. Ele votou contra a constitucionalidade do projeto, assim como a deputada Gleice Jane.

Vale lembrar que o projeto, assinado pelo então deputado estadual João Cesar Mattogrosso (PSDB), prevê alteração da lei já existente jogando o prazo final da proibição para 2029. Na teoria a medida ficou em vigor até 11 de janeiro deste ano, sendo que o Dourado segue protegido pela piracema. Mas, a partir do dia 1°, caso ainda não haja consenso e aprovação do novo projeto, a pesca da espécie ficará liberada.

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